sexta-feira, 27 de agosto de 2010

De que se faz um bom restaurante? Certamente não é só da comida! Isso é um fato!

Na quinta, aniversário de uma amiga, fomos ao Nakaya: a comida japonesa mais elogiada da cidade. E aí, mais uma vez uma frustração, pra eu que não como comida oriental e que vou mesmo pela companhia e pela bebida.

Pois sim, em mais uma de minhas tentativas com o restaurante, pedi uma garrafa de espumante. Eles estavam com uns rótulos novos na carta e resolvi experimentar, já que o rótulo que eu costumava tomar por ali estava em falta. Pedi a Luciana* (que é um capítulo a parte), para providenciar uma salmora.

Vieram taças adequadas e a garrafa, o garçom me apresentou o rótulo como já era de se esperar (mas foi a primeira vez que isso aconteceu por lá). Até aí tudo bem, mas na hora de abrir a garrafa ele só faltou colocar por baixo do braço, não sabia se era algum rito africano, se já estava sacrificando o frango e a garrafa ia de brinde para algum exu...

Minha cara de descontente saltava e nesse momento eu já estava disputando a atenção na mesa, enquanto uns olhavam aquele desastre de postura para abrir a garrafa os outros olhavam para a minha cara esperando que eu explodisse. Ao fim da luta, o garçom conseguiu abrir a garrafa e aí foi aí pior parte: um mix de corrida de F1 e réveillon. Espumante para todo lado, a garrafa jorrava bolhas e eu ainda olhando, perplexo. A criatura não sabia segurar uma taça, uma garrafa, eu nem sei o que ele estava fazendo ali.

Experimentei e achei fora de temperatura, pedi para preparar uma salmora (já que a garrafa havia vindo só), o garçom não sabia do que se tratava, continuei fintando sem me dar o trabalho de explicar. Ahh má vamo to pagãããno, final das contas apareceu um balde de gelo.

Quando pedimos a conta, o gerente apareceu e teve que ouvir minhas críticas. Mas, ele também não passa de um despreparado, sem traquejo com o ofício e muito menos desenvoltura para lidar com o cliente. Nesse momento, ficou claro que ali, tão vítima quanto o cliente, são os garçons! Os caras são contratados e a gerência não oferece qualificação, treinamento e os caras só recebem a galinha pulando, é uma pena.

* - “Qualquer critica sobre o Nakaya, não pode deixar escapar Luciana. Quem é Luciana? Luciana e um anjo que se tivesse um tiquinho mais de glamour poderia ser a hostess dos sonhos. Ainda assim, ela é fabulosa. Tem agilidade ao receber as pessoas, praticidade em alocá-los, e absolutamente discreta capaz de ouvir qualquer coisa mais quente depois de duas caipirosakas de morango ou duas garrafas de vinho, sem esboçar qualquer risco serviçal aos clientes. Sou apaixonado pelo profissionalismo e discrição dela e entro em êxtase quando ela libera um riso monalístico discretíssimo como tudo nela. Eu queria ser um Diabo vestindo Prada o pra contratá-la como minha assistente pessoal e contar pra sempre com alguém que cuidasse do meu dia a dia com absoluta confiança e a quem eu poderia enriquecer com um super up no visual”. (Joab Cruz)

Um comentário:

Talita Marins disse...

Na verdade, acho que o garçom descobriu que a aniversariante era eu e resolveu me dar um banho digno de 1° lugar da F1! hahaha
Luciana é maravilhosa, pedi pra trocar de lugar umas 3 vezes e ela foi tudo isso e mais um pouco!
Mas o melhor da noite mesmo, como era de se esperar,foi a cara de Rapha!