sábado, 22 de janeiro de 2011

Aventura no TemperaÊ

Finalmente fui conhecer o Temperaê... e confesso: me decepcionou! Penso que podem melhorar com o tempo e entendo que um novo restaurante tem grandes dificuldades até as coisas entrarem nos eixos.

Minha sensação foi de que não tiveram uma boa consultoria - se é que tiveram. As coisas são bem simples, apesar dos preços do cardápio se equipararem a de restaurantes bem mais requintados, aqui da cidade.

A decoração é bacaninha, mesas em madeira de Teca (madeira de reflorestamento) tipo aquelas de jardim, cortinas em um tecido cru com um ar bem orgânico. O ambiente é pouco iluminado e um ventinho agradável da varanda faz companhia... Falando em iluminação, eles deveriam ligar as lâmpadas, uma vez que a iluminação natural não é suficiente para deixar o ambiente (mais) agradável.

Ao correr os olhos pelo lugar vi um painel com temperos e pimentas, bem interessante.

O atendimento tem pontos fortes e fracos. Garçons muito solícitos e simpáticos, mas pouco treinados. Fazem o que podem para agradar o cliente, a impressão é de que a gerência não ajuda com treinamento, a menos que tenha rolado treinamento e nenhuma absorção - o que, nesse caso, consolida também o despreparo da gerência em não identificar a falta de preparação/aptidão do profissional que ali atua.

Já a comida... Essa deixou completamente a desejar. Pedi um prato bastante simples, um Fettuccine ao Molho de Tomate Seco (ou fetucine – como eles preferem escrever no cardápio). Trocando em miúdos, era massa (al dente como adoro!) salteada no azeite com tomate seco cortado e alecrim. Sim, alecrim, ao invés do clássico manjericão. Peço desculpas ao Chef (um rapaz de Salvador, como se referiu o garçom), mas ainda prefiro as combinações clássicas.


Alecrim: excelente em pratos com carneiros, sopas, assados, marinados, peixes e frutos do mar, e também molho de tomate italiano para peixe, patê de fígado, batatas cozidas, couve flor, espinafre, cogumelos, frutas, sucos e pães.

Manjericão: conhecido com a “erva do tomate”, pode ser utilizado na maioria das receitas que o utilizam. Utilizado também em recheios, macarrão, arroz, assado de carne de vaca, porco, hambúrguer, pão, pato, lagosta, camarão, peixe, vitela, pizza, saladas verdes, sopas, batatas, molho de churrasco. Além dessas preparações, é fundamental na composição do molho para a massa “ao pesto”.


A pessoa que me acompanhava se aventurou em um Strogonoff de Frango, que mais se assemelhava a esses pratos executivos - idêntico ao do Giraffas e ao do Bit Pizza - sem apresentação, sem acabamento... Era uma porção de arroz branco, batatas fritas e o tal Strogonoff. Questionei: “Está bom?”. Ele pensou bastante e disse, “não está ruim... está muito doce, não tem sal”. Pode ser que seja alguma brincadeira de péssimo gosto com o lance do TemperaÊ. Será que o chef não experimenta o prato antes de liberar?


Para terminar, só mais algumas observações: troquei de lugar, de propósito, para ver se o garçom iria trocar o lugar o serviço de mesa, acompanhando o lugar onde sentei. Para a minha surpresa, o prato foi servido sobre a mesa pura e não trouxe talheres adequados para comer fettuccine. Sem falar que a minha faca tinha marcas de digitais na lâmina (limpa?), além disso, o restaurante não tinha pimenta do moinho (mesmo levando o nome de TemperaÊ) e Coca-Cola. Sim, não tinha Coca-Cola!


Espero voltar lá, daqui a um tempo e encontrar um cardápio mais bem elaborado, um atendimento com mais qualificado e mais que isso: uma comida saborosa, dessas que faz gosto de voltar para comer e recomendar. Até lá, não aconselho aos meus leitores se aventurarem por lá. Serviço tem que ter excelência.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Rio de Janeiro - Santo Scenarium


Então, depois de um longo tempo de dormência... volto a escrever. Tenho mil coisas para postar por aqui, a respeito da Viagem ao Rio... vamos por partes.

Dos vários lugares em que comi, pelas terras cariocas, um dos que mais me impressionou e chamou atenção fica na Rua do Lavradio [Lapa/Rio Antigo], “O casarão restaurado foi residência do ilustre ator João Caetano (1808-1863), e ainda no século XIX, também funcionou nela uma delegacia de polícia.

Em 1884 o prédio "flagrou" o assassinato do jornalista abolicionista Apulcro de Castro, redator do jornal crítico ao império, "Corsário". Segundo Euclídes da Cunha, Apulcro foi linchado e esfaqueado pelas costas por um grupo de militares que não se intimidaram pelo fato de estarem a poucos metros da delegacia.

Como lembrança desse tempo, a casa conservou parte das grades no corredor que leva ao lounge.

Hoje, uma réplica de um anjo de Aleijadinho feito em madeira, com 2,50 metros, agracia os que chegam lá. Ainda podem ser apreciadas por toda a casa peças sacras como oratórios, anjos e diversas outras relíquias religiosas.”

O cardápio é bem diverso, opções de carnes, aves, saladas, frutos do mar. Entradas diversas e muito saborosas, muito mesmo, a Veja Rio escreveu o seguinte a respeito de lá:

“Novidade no capítulo de "entradas", a porção de canudos de brie ao molho de laranja (R$ 23,00, oito unidades) é uma boa pedida para iniciar os trabalhos. Consiste em pedaços do queijo envolvidos em massa de pastel e fritos.

Eu experimentei essa iguaria e gente, o que é isso??? DELICIOSO, RECOMENDO MUITO!!! Sem falar do bolinho de bacalhau – até eu que não como bacalhau me fartei.

Além da decoração e do cardápio, a casa conta com uma carta de vinhos modesta, mas muito bem colocada, com um custo benefício super interessante... talvez fosse legal explorarem um pouco mais os rótulos de vinhos branco e vinhos mais novos e menos marcantes, já que Rio é sinônimo de Calor.

O atendimento lá, como em quase todo Rio de Janeiro é complexo, da primeira vez que fui, um senhor muito solicito nos recebeu à porta, apresentou a casa, conversou e logo o garçom se aproximou com cardápios, em compensação da segunda vez sentamos, aguardamos um garçom e depois de 8 minutos sem atendimento levantamos e fomos a outro lugar, eram 15h e a casa estava vazia.

Almoço executivo de segunda a sábado e jantar e petiscos de terça a sábado a noite. | Música instrumental com o melhor do jazz, chorinho e samba-jazz toda quinta (20h), sexta (20h30) e sábado (21h30). Couvert artístico R$10. | Endereço: Rua do Lavradio, 36 Centro Rio de Janeiro - RJ